domingo, 24 de maio de 2009

God is an Astronaut @ Passos Manuel, 23/05/2009

Ontem fiz a minha primeira incursão pelo post-rock. Não sendo propriamente um entendido nesta matéria, e não sendo, também, grande fã (excepção feita aos Explosions in the Sky), sempre tive curiosidade de ver como é que um concerto destes resultava ao vivo.



Com a pequena sala do Passos Manuel quase cheia, e um publico maioritariamente jovem, o publico deu as boas vindas aos The Allstar Project, banda de abertura do concerto dos God in an Astronaut.
Eles são um quinteto de portugueses, liderado por Nuñez, que por sinal também é baixista de uma banda portuguesa que gosto muito: Born a Lion.
Todos eles são muito talentosos, e do que ouvi do único álbum editado por eles, até à data, Your Reward... A Bullet, pouco fica a dever ao do que melhor se faz de post-rock, por esse mundo fora.
O concerto foi quase exclusivamente dedicado à apresentação das músicas do novo álbum, com lançamento previsto ainda para este ano. A excepção foi feita com "Lasers Go Through Monkeys", uma das melhores músicas do primeiro álbum deles.
As novas músicas são bem mais agressivas que as do primeiro álbum, com muito shoegaze à mistura. Com 2 ou 3 músicas a demarcarem-se, e momentos de puro êxtase pelo meio, fiquei a gostar bem mais do novo álbum do que do anterior. É esperar para ver.
Foi um grande concerto, têm tudo para vingar lá fora.



Já com a sala totalmente preenchida, e algumas pessoas sentadas nas escadas, entraram os God is an Astronaut e eis que se ouve o primeiro aplauso da noite, para estes indivíduos.
Com apenas 3 elementos, originários da Irlanda, os God is an Astronaut são neste momento um adas bandas porta estandarte do "movimento post-rock". Com uma sonoridade que revela algumas influências do metal - foi já dito que eram como os "Dream Theater sem voz" - comparação esta que não é de todo descabida.
Foi um concerto muito intenso, o baixista não parava de saltar e vibrar com as músicas, e o concerto decorreu com bastante fluidez, sem grandes pausas, com o publico entusiamado a cada música que passava. A projecção de vídeo não me fascinou, sendo que neste campo esperava algo de melhor.
Para o final houve tempo para o encore habitual, conseguindo "explodir" com o Passos Manuel.
Antes do regresso para um novo encore, aproveitaram para agradecer o carinho demonstrado pelo publico, bem como para felicitar a banda portuguesa, que eles consideraram como uma das suas favoritas! Já no palco e para a despedida, todos os músicos se juntaram à bateria para um momento de percussão, deixando depois um solo final para o baterista. Muito bom.
Uma experiência a repetir.

8 comentários:

Anónimo disse...

Eu acho que a projecção esteve muito boa. Basicamente projectaram o normal do post-rock (mar, céu, montanhas, explosões, espaço etc...) e ainda destaque para a projecção da música Suicide By Star que contou com as imagens de um indivíduo que se suicidou por causa da Bjork.

Trosyd disse...

Só para retificar que o primeiro aplauso da noite não foi para GIAA, mas sim para TAP. Claro que GIAA é que moveu quase toda a gente, mas mesmo assim TAP pela quantidade e "qualidade" de aplausos que eu ouvi revela já algum estatuto!!!

teapot kobaia mamma disse...

também acho que a projecção estava boa, como é costume, em giaa. cada música deles tem o respectivo vídeo, trabalhado por eles mesmo. já nos allstar a projecção deixou a desejar, via-se claramente que aquilo estava tudo à toa. mas nem me estou a queixar, adorei os concertos! :D

João Ruivo disse...

Sem sombra de dúvidas uma GRANDE noite!

Pedro C. Reis disse...

Por acaso essa imagem da Bjork foi marcante. Mas não fiquei surpreendido, estava à espera de algo que transmitisse mais sentimento.

Trosyd, já está corrigido essa parte dos aplausos, eu queria dizer que era para os GIAA, mas não estava explicito ;)

xyzt disse...

Eu curti os vídeos... muitos eram retirados do Koyaanisqatsi ou Powaqquatsi.. combinava... confesso que não me acorreu fazer tal associação... lol.
Já agora aconselho Philip Glass - o minimalista que compôs a banda sonora do Koyaanisqatsi.
Inte

João Ruivo disse...

Koyaanisqatsi é qualquer coisa do outro mundo!

teapot kobaia mamma disse...

Philip Glass é lindo ^^!

 
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