domingo, 28 de fevereiro de 2010

Barulho da Semana: José James "Blackmagic"

José James - Blackmagic [2010; Brownswood]

myspace | site

Género: Jazz/R&B/Soul
Origem: EUA
Parecido com: Marvin Gaye, Billie Holiday, Stevie Wonder
Faixas em destaque: Touch, Promise in Love, Warrior, Beauty


Existem vozes que não valem sequer um instrumento, existem, porém, outras que valem até por dois. Uma dessas é a de José James. Uma das melhores vozes da actualidade acaba de lançar o seu segundo álbum de originais, e com toda a pompa. Embebido nas suas influências claras de Billie Holiday e Marvin Gaye, José James procede à sua actualização para o século XXI, passando com distinção na prova.
Blackmagic transpira soul que tresanda, e as rajadas de jazz são capazes de levantar qualquer fundação. "Code" marca o compasso inicial com R&B subtil, seguindo-se a balada maravilha "Touch", com Marvin Gaye debaixo de olho. Em "Promise In Love" volta a chama soul, com muito amor para dar, e a futurista "Warrior" marca pela diferença: o piano intermitente e os breaks de bateria, juntamente com a voz soturna de José James fazem desta uma das melhores faixas musicais do ano presente. Mais para o final José James protagoniza um dueto atmosférico com a companheira Jordana de Lovely em "Love Conversation", para depois nos perdermos na sensibilidade de "Beauty". 
Não é possível negar: esta voz é por demais imponente, e transforma este álbum em algo singular e que merece ser bem explorado.

Este ano, era isto que eu desejava

Não é o cartaz de sonho sonho, esse estaria algures entre o Primavera e o Coachella deste ano, é sim um cartaz mais contido, visto tratar-se de um festival de média dimensão, mas creio que faria muita gente feliz.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cat Power: A Good Woman

Para quem acompanha com maior ou menor regularidade a vida de Chan Marshall, sempre deve ter notado algo de enigmático por detrás daquela pessoa: seja pelos constantes conflitos consigo mesma, os dramas familiares, problemas com o álcool e tentativa de suicídio, as súbitas mudanças de humor e saídas do palco repentinas, nada em Chan Marshall foi linear. A vida de Chan Marshall - que adopta o nome artístico de Cat Power no mundo da música - foi alvo de revista e análise, pela ex-colaboradora da Rolling Stone e Spin e actual editora da revista Blender - Elizabeth Goodman.
O livro começa da seguinte forma:
"Chan Marshall does not want you to read this book"
Esta biografia não foi vista de bom agrado por Chan Marshall. Apesar de algumas aproximações no início, cedo desistiu da ideia de colaborar numa biografia sua. Estranha-se, esta atitude, pelo simples facto de que a pessoalidade esteve sempre muito presente nas músicas de Cat Power: o aborto, as relações terminadas, os problemas familiares, ninguém mais do que ela conseguia transpor as suas angústias para a música e fazê-las sentir como reais, causando desconforto ao ouvinte. Pois foi isso que a tornou a cantora de sucesso que é hoje.
Não conseguindo o apoio directo da cantora, Elizabeth Goodman recorreu a pessoas que privaram com ela como Thurston Moore, Dave Grohl, Bill Callahan ou Vincent Gallo e alguns dos seus familiares. Através de uma escrita precisa e agradável, é traçado um retrato fiel da sua vida: relatos dos vários dramas familiares que a tentavam dissuadir de seguir a carreira musical; a sua mudança para Nova Iorque; os namoros fracassados; do lançamento de The Greatest e a posterior tentativa de suicídio.
Não sei se se justifica uma edição portuguesa deste livro, até porque a legião de fãs portugueses não deverá ser assim tão significativa, mas aconselha-se a leitura deste livro para os fãs acérrimos ou curiosos de Chan Marshall, a melhor singer-songwriter da actualidade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Já começou o campeonato

Para quem ainda não reparou, existe um ícone no canto inferior direito do blog, que vocês pensam que se trata de uma máquina de finos virtual, mas não: trata-se dos Super Blog Awards, e estão, isso sim, associados à cerveja Super Bock (já têm aqui um bom patrocínio). Para quem quiser demonstrar o seu apreço e achar que este blog vale a pena (ou mesmo quem não acha), pode votar (clicar) no ícone abaixo, pois as votações começaram passado dia 24 e terminarão dia 24 de Março.
Quem quiser deixar alguma sugestão para que este blog possa melhorar tem a caixa de comentários em baixo, é só dispor (sim, ela sempre existiu). Este blog não tem andado muito actualizado, mas agora que acabaram os exames e afins, prevê-se que haja mais tempo para o efeito. É tudo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Barulho da Semana: Lightspeed Champion "Life Is Sweet! Nice To Meet You"

Lightspeed Champion - Life Is Sweet! Nice To Meet You [2010; Domino]

myspace | vídeo | site

Género: Pop/Rock/Country
Origem: EUA
Parecido com: Bright Eyes, Fleetwood Mac, Serge Gainsbourg
Faixas em destaque: Dead Head Blues, Faculty of Fears, Madame Van Damme, Smoth Day (At The Library)


A carreira de Devonté Hynes não tem sido estável, e este sintomaticamente teima em não a querer ter. Com um inicio de carreira numa banda de punk hardcore (Test Icicles), da qual saiu um álbum de truz, e que terminou numa separação repentina, nada fazia prever que acabasse por seguir uma carreira a solo como singer-songwriter.
Enterrado o primeiro projecto, Devonté Hynes decidiu enveredar por um campo bem distinto, o de singer-songwriter. Sob o pseudónimo Lightspeed Champion, assinou contrato com a prestigiada Domino e concretizou um muito bom álbum de estreia em 2008 intitulado Fall off The Lavender Bridge. Tudo faria antever um álbum no seguimento do primeiro, quiçá com brilhozinho pop mais acentuado. Mas não, em Life is sweet! Nice To Meet You a dificuldade é como que dobrada. Se em 2008 alinhava numa versão de Conor Oberst menos burguesa, neste novo álbum consegue ser Serge Gainsbourg, Johnny Cash e Bright Eyes tudo no mesmo bolo. Em Life Is Sweet! Nice To Meet You há de tudo um pouco: piano para puristas ("Etude Op.3 ‘Goodnight Michalek’"); fantasma de Freddie Mercury ("Dead Head Blues"); singles estudados a pormenor ("Marlene");  refrões orelhudos ("Madame Van Damme"); baladas harmoniosas ("Smoth Day (At The Library)").
É um álbum razoável, uns furos abaixo do primeiro, onde a inserção mais consistente do piano e a não devoção aos eighties são um ponto a favor. Este artista teima em dificultar a vida aos ouvintes, mas é talvez por esse aspecto que irá mantendo ainda os bastantes ouvintes que possui.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Do Pop ao House são dois minutos



Single de avanço do novo álbum de Caribou - Swim. Ver aqui mais informações acerca desse lançamento.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Filho de peixe sabe nadar

Está marcada para 5 de Abril o lançamento do novo disco de Rufus Wainwright que irá dar pelo nome de All Days Are Nights: Songs for Lulu. Será o sucessor de Release the Stars de 2007 e terá algumas canções inspiradas em alguns sonetos de William Shakespeare. Aqui segue um vídeo de apresentação feito para a guardian, com a faixa que encerra o álbum, "Zebulon". A capa do álbum também se encontra em miniatura aqui.

Alinhamento:
01 Who Are You New York?
02 Sad With What I Have
03 Martha
04 Give Me What I Want and Give It to Me Now!
05 True Loves
06 Sonnet 43
07 Sonnet 20
08 Sonnet 10
09 The Dream
10 What Would I Ever Do With a Rose?
11 Les Feux D'Artifice T'Appellent
12 Zebulon

Falta um mês para o concerto mais aguardado do ano



Esta música intitula-se "Take Care", com os Beach House a demonstrarem a enorme forma por que estão a passar. Trata-se de uma apresentação especial para a Pitchfork, sítio onde poderão assistir ao resto da actuação.

Sonhar não custa...


Era como que um sonho ver essa música tocada no dia 15 de Março, a melhor música dos Yo La Tengo na minha opinião. 5:44 de instrumental mágico com guitarras a chorar, que chega mesmo a arrepiar. Entretanto segue uma setlist recente de um concerto de dia 8 de Fevereiro em Auckland, na Nova Zelândia:

False Alarm
And The Glitter Is Gone
Tears Are In Your Eyes
If It's True
Periodically Double Or Triple
Here To Fall
Autumn Sweater
Avalon Or Someone Very Similar
I'm On My Way
Tom Courtenay (Acoustic, Georgia on vocals)
When It's Dark
Watch Out For Me Ronnie
More Stars Than There Are In Heaven
Nothing To Hide
I Heard You Looking

Mr. Tough
Secret Place ('The Clean' cover feat. Robert Scott on vocals)
Coloured [Chris Knox cover]

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pássaro metaleiro



Novo single da banda de pós-rock saída das cinzas dos Godspeed You! Black Emperor, os Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra. Este foi extraído de Kollaps Tradixionales, o seu sexto longa-duração, que saiu para o mercado ontem.

Duas surpresas


A primeira surpresa é a do novo álbum de Bonnie 'Prince' Billy, a sair dia 22 de Março que teve a peculiar apresentação no vídeo acima. Numa próxima era melhor contratarem um rabo feminino mais jeitoso (se é que esse era feminino).
A outra surpresa são os Portugal. The Man que, não obstante de terem lançado um belo álbum ainda no ano passado, e depois de um concerto agradável em Paredes de Coura na mesma altura, vão lançar em Março o seu 5º álbum de estúdio intitulado American Ghetto. A ver se não se precipitaram. Para mais informações seguir este link.

Alinhamento:
1 The Dead Dog
2 Break
3 60 Years
4 All My People
5 1000 Years
6 Fantastic Pace
7 The Pushers Party
8 Do What We Do
9 Just A Fool
10 Some Men
11 When The War Ends

Um blog interessante

Dá pelo nome de "Flowers & Cream" e o seu autor é Thurston Moore dos Sonic youth, o mais recente devoto dos blogs. Lá pode-se encontrar alguns pensamentos seus relativos à música que ouve e gosta, bem como algumas fotografias especiais. Ver aqui.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Excentricidades


Ele há coisas estranhas, e Wayne Coyne consegue ser bem estranho. A foto que se vê acima é da nova casa do vocalista e líder dos Flaming Lips, localizada em Oklahoma nos EUA, terra natal do artista. Foi concebida pelos arquitectos Fitzsimmons, podendo encontrar-se mais fotos da futurista habitação no respectivo site. A foto acima é da autoria de Joseph Mills.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

De angelical tem pouco

A menina com a cara angelical - Joanna Newsom - que transformou a harpa num instrumento pop está de volta com um novo álbum. Este dá pelo nome de "Have One On Me" e será o terceiro álbum de originais da artista, estando a sua saída prevista para dia 23 de Fevereiro através da editora Drag City.
Depois de dois álbuns brilhantes e bem recebidos pela crítica, Joanna Newsom eleva ainda mais a fasquia e propõe agora um álbum triplo. Tendo em conta o estilo praticado, nos meandros do folk e pop, não é comum aparecerem obras desta dimensão, pelo que já se cataloga o próximo álbum também como sendo uma obra avant-garde. A artista afirmou à The Wire que este álbum poderá ser entendido como um cruzamento entre o Ys e o The Milk Eyed Mender, o seu álbum de estreia. É também dito que terá composições de rock tradicional, assim também como elementos de musica dos Balcãs.
Um dos álbuns mais esperados do ano, e que, à semelhança dos seus antecessores, se espera que figure em muitas listas dos melhores do ano de 2010. Em baixo encontram-se algumas músicas já reveladas.

Alinhamento:
01 "Easy" (6:04)
02 "Have One On Me" (11:02)
03 "'81" (3:52)
04 "Good Intentions Paving Company" (7:02)
05 "No Provenance" (6:25)
06 "Baby Birch" (9:30)
07 "On A Good Day" (1:49)
08 "You and Me, Bess" (7:13)
09 "In California" (8:42)
10 "Jackrabbits" (4:23)
11 "Go Long" (8:03)
12 "Occident" (5:31)
13 "Soft As Chalk" (6:29)
14 "Esme" (7:56)
15 "Autumn" (8:02)
16 "Ribbon Bows" (6:11)
17 "Kingfisher" (9:11)
18 "Does Not Suffice" (6:45)


"'81"

"Good Intentions Paving Company"

"Kingfisher"

A foto no topo do texto é da autoria de Annabel Mehran.

Carnaval gelado

Novo vídeo dos norte-americanos The Antlers, que assinaram no ano transacto um dos melhores álbuns que saíram para o mercado.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Barulho da Semana: Jan Felipe "Abril"

Jan Felipe - Abril [2008; Corpid]

myspace | download gratuito

Género: Pop/Rock/Folk
Origem: Brasil
Parecido com: Radiohead, Elliot Smith, Caetano Veloso
Faixas em destaque: Assim Como, Quiet People, Outros Desenhos


O brasileiro Jan Felipe é ainda um desconhecido no mundo da música: existindo desde 2006 (a julgar pelo myspace), este músico que ainda só lançou o seu Ep de apresentação em 2008, ainda não conseguiu fazer chegar o seu trabalho a muita gente. Por isso, foi por mero acaso que o Barulho Esquisito deu de encontro com este Ep. Jan Felipe não foge à regra, e percebe-se então o quão é difícil hoje em dia na música ser-se reconhecido pelo seu trabalho.
Designer gráfico de profissão e apaixonado da música, Jan Felipe gosta de nos seus tempos livres dedicar algum tempo à sua paixão. E faz muito bem: o Abril apresenta alguns bons apontamentos, e revela ouvido atento do artista.
Composto por 8 faixas, estas são interpretadas em três línguas a saber: inglês, francês e português. É em português que a voz soa mais solta, contudo, a voz é mesmo o grande problema deste Ep. Nota-se a falta de treino da voz, principalmente em "Abril", onde faz um dueto com Mariana Albuquerque, parceira na banda Brisa da qual também fez parte. Não sendo, portanto, muito abonado em termos vocais, é no instrumental que este se revela. "Assim Como" provoca o caos com uns teclados e sintetizadores abruptos,  em "Outros Desenhos" somos embalados por um belo arranjo de cordas e "Abril" floresce o seu lado folk melancólico. Um bom cartão de visita, a pedir por um longa duração.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Barulho da Semana: Northern Portrait "Criminal Art Lovers"

Northern Portrait - Criminal Art Lovers [2010; Matinée]

myspacesite

Género: Pop/Rock
Origem: Dinamarca
Parecido com: The Smiths, Echo & The Bunnymen, The Pains of Being Pure at Heart
Faixas em destaque: Crazy,Criminal Art Lovers, New Favourite Moment


O regresso dos Smiths está marcado para o ano de 2010 e dão pelo nome de Northern Portrait. Não são os Smiths em carne e osso, mas são os Smiths com a guitarra do Johnny Marr e o jeitinho gay de projectar a voz de Morrisey. Northern Portrait estudaram muito bem a lição (mesmo não admitindo serem influenciados desde o início pelos Smiths), estão aqui todos os ensinamentos de Morrisey no que toca a interpretação vocal e a técnica de guitarra de Johnny Marr. Só faltam mesmo as letras, mas isso já era pedir demais.
E esta citação descarada é má? Não propriamente, citar bandas desta qualidade e da forma como é feita não é fácil,e não é todos os dias aparece uma banda assim. É de louvar que alguém o consiga com tamanha distinção, pois é muito difícil hoje em dia ser-se totalmente original. Já nos anos 60 os The Jam citavam o Revolver no seu Sound Affects. O disco balanceia pop do inicio ao fim: "Crazy" com viola acústica de fundo abraça momentos de loucura de juventude; "Criminal Art Lovers" traz aquele pensamento à cabeça "onde será que já ouvi isto?", em que, sim, são esses mesmos de que se já falou aqui; "New Favourite Moment" fecha o álbum em beleza com um riff de guitarra perfeito para fazer abanar a anca e pedir por mais.
Primeiro álbum muito bem conseguido, destinado não só a amantes de Smiths, mas também a outros de música pop com qualidade em geral.

Afinal

Afinal a jovem menina que protagonizou a bela desgarrada com Ana Moura no concerto de Sexta é já fadista e dá pelo nome de Isilda Miranda. Por sua vez, a mesma vai dar um espectáculo no Theatro Circo no dia 7 de Março pelas 16:00 pelo preço simbólico de 2.50€. Será uma oportunidade de ver de perto um  novo prodígio do fado de apenas 15 anos de idade. O vídeo abaixo é uma versão de "Buzios", a tal da desgarrada.

Versões acústicas variadas com uma bela paisagem de fundo





sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ana Moura @ Theatro Circo, 05/02/2010

Em mais um concerto de Ana Moura por terras lusas, e em vésperas de iniciar uma tournée pela Europa e EUA, o Theatro Circo e a cidade de Braga não a deixaram ficar mal, e propuseram-lhe uma casa cheia, para seu gáudio.
Com uma média de idades a rondar os 50 anos (os mais jovens têm que começar a abrir horizontes), era um publico que aparentemente se previa exigente e na qual as expectativas depositadas na artista em questão eram bastante elevadas.
A entrada em palco fez-se nos seus conformes habituais, com a entrada em primeiro lugar dos guitarristas, para posteriormente Ana Moura espalhar a sua sensualidade pelo palco. O seu primeiro vestido era espelho da sua personalidade não tão conservadora do fado, justo ao corpo e a realçar as formas, com uns brilhantes dignos de um espectáculo pop. Numa primeira parte mais fria e introspectiva, foi dado mais relevo ao último álbum editado Leva-me aos Fados. A cabeça da artista manteve-se baixa, mercê dos seus fados tradicionais, isto é, fados que obdecem a uma estrutura clássica de letra, ao qual é acrescentada uma melodia. Destaque para a interpretação em "Por Minha Conta", majestosa.
Na segunda parte, por seu lado, foram tocados mais fados musicados, no qual a partir de uma melodia pré-estabelecida lhe foi acrescentada uma letra. Ana Moura confidenciou que este álbum tem o seu toque pessoal, sendo que a melodia de "Que Dizer de Nós" é de sua pertença. A comunicação com o publico foi agradável, revelando já ter alguns anos disto.
Este fado não é triste nem envelhecido, é fado que em certos momentos se aproxima do formato canção, e que de aborrecido nada tem: "Rumo Ao Sul" foi uma das canções da noite (acho que se pode designar assim mesmo). Os músicos estiveram mais que à altura, um quarteto de cordas que mostrou que nem só de grandes fadistas cantores se fazem bons fados.
Na recta final houve ainda tempo para uma versão feita para os Rolling Stones, "No Expectations", incluída numa compilação de world music com musicas dos próprios, que demonstrou a grande versatilidade da cantora. Seguiram-se momentos mais descontraídos numa desgarrada com uma jovem menina que demonstrou ter muita alma na garganta, e o guarda redes Eduardo do Braga e da selecção nacional, que também pode dar o ar da sua graça nos "Búzios", que mostrou estar muito bem na profissão que escolheu.
O som vacilou um pouco no agudos, mas a hora e um quarto de concerto proporcionada abafou qualquer problema que pudesse ter existido. Foi um concerto sublime de Ana Moura, provavelmente a melhor fadista portuguesa da actualidade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mas que bela prenda




Depois do brilhante concerto no Paredes de Coura 2007, que soube a pouco, Sonic Youth regressam a Portugal em dose dupla para agradar a todos os fregueses.

COLISEU LISBOA (22 DE ABRIL)
PLATEIA EM PÉ * 26,00 EUROS
CAMAROTE 1ª (FRENTE) * 30,00 EUROS
CAMAROTE 1ª (LADO) * 28,00 EUROS
CAMAROTE 2ª (FRENTE) * 28,00 EUROS
CAMAROTE 2ª (LADO) * 26,00 EUROS

COLISEU PORTO (23 DE ABRIL)

PLATEIA EM PÉ * 26,00 EUROS
TRIBUNA * 30,00 EUROS


Setlist do concerto de 10 de Janeiro no The Filmore em San Francisco, EUA:

1. No Way
2. Sacred Trickster
3. Calming The Snake
4. Hey Joni
5. Anti-Orgasm
6. Poison Arrow
7. Walkin Blue
8. Stereo Sanctity
9. Malibu Gas Station
10. Antenna Play Video
11. Leaky Lifeboat (For Gregory Corso)
12. What We Know
13. Massage The History
Encore:
14. The Sprawl
15. 'Cross The Breeze
Encore 2:
16. Shadow Of A Doubt
17. Death Valley '69

A julgar por esta setlist acima será possível sentir um bocadinho daquele pedaço de música que marcou para sempre a história do rock alternativo: Daydream Nation.

1 de Fevereiro

 
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